domingo, 30 de outubro de 2011

Gareth's Death Caotic Parte 4 (Descorbertas)


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- Rafael que cara é essa meu? Eu passei no teste e motivo de alegria – falei  gritando de felicidade.

- E quem disse que eu me importo com você?! – falou ele rispidamente.

- Mas eu pensei que você ficaria feliz por que passar – respondi meio que cabisbaixo.

- Você não me conhece. Então não tire conclusões precipitadas – falou Rafael olhando pra cima.

- Ah, deixa disso vem cá e...

Minha visão começou a embaçar, meu corpo pesado demais, minhas pernas já não poderiam mais o sustentar, então cederam a gravidade. Com o encontro do meu corpo ao chão senti todos os ferimentos se abrirem, era como se meu corpo estivesse se rasgando em mil pedaços, mas eu continuava vivo, só conseguia escutar as vozes do Rafael e do Felipe, não conseguia entender, mas sabia que eles falavam algo.

Acordei e a primeira coisa que consegui enxergar foi Felipe sentado ao meu lado, me olhando com um olhar ansioso e melancólico.

- Amor você acordou – falou Felipe, me beijando em seguida.

- Para, não sou seu namorado nem nada do tipo, então não me beija – falei com um voz rouca.

- Já esta bem pelo jeito – falou Rafael com um ar mais sereno.

- Desculpa Hiruko, é que te amo e não resisti – desculpou-se Felipe fitando o chão.

Enquanto Felipe falava Rafael se vinha em minha direção, e sentou ao meu lado, afagando meus cabelos, me senti envergonhado com aquilo, mas não tirei a mão dele da minha cabeça, até porque meu corpo ainda doía e falou:

- Fico feliz que esteja vivo – disse Rafael.

- Humpf – falou Felipe com ciúmes estampado na cara.

- Posso também?- perguntou Felipe com os olhos brilhando.

- Não – respondi.

- Por que ele pode e eu não?- perguntou Felipe indignado enquanto tentava tocar no meu cabelo.

- Porque não – respondi sem quere prolongar o assunto – tenho meus motivos.

- E esses motivos seriam quais?- perguntou Felipe franzindo a testa.

- Já sei – falou Felipe interrompendo-me – vocês são namorados.

- Ah, droga você já é comprometido, mas que droga – prosseguiu Felipe em tom levemente depressivo.

- Não. Nós não somos namorados nem nada só amigos né? – respondi espantado.

Rafael apenas sorriu, parecia estar se divertindo com a situação. Mas novamente ficou sério e foi em direção a sua mochila e pegou um bilhete e leu para mim, já que ele imaginava que eu não conseguiria ler.

- “Meu caro aprendiz Hiruko, meus parabéns por ter passado no seu primeiro teste. Já lhe aviso que os próximos não serão previsíveis e talvez você não precise de Ranisra em alguns. Você ira viajar, terá de vir para o Brasil. Não se preocupe com dinheiro Hiruko, Rafael pagará sua passagem, e vocês dois irão para o Brasil. E lá possivelmente, você fará seu próximo teste” – leu Rafael.

- Brasil?! Mas qual cidade? E porque o Brasil?- perguntei intrigado.

- Eu não sei, não sou eu que organizo essas coisas – respondeu Rafael seriamente.

- Mas... Porque você vem junto? – perguntei novamente.

- Você iria se perder, certamente, agora temos de ir.

- E eu vou junto – falou Felipe todo feliz – não vou deixar meu amor sozinho com esse ai.

- Não me chama de amor cara, não somos namorados eu já disse – falei irritado – e se vai pra me cuidar do Rafael nem precisa vir, eu sei me defender e o Rafael nem parasse ser ofensivo.

- Eu vou ir porque eu vou te carregar nas minhas costas fofolete – falou Felipe sorrindo.

- Me chama pelo nome, mas que porra – gritei – e eu sei caminhar ta?

- Neste estado acho difícil – falou Rafael.

 - Vamos?- perguntou Rafael.

- Já? Mas está ainda é noite – falei – deve ter bichos selvagens.

- Não se preocupa, eu te protejo – Falou Felipe confiante.

- Eu não estou com medo – respondi bufando.

- Ta bom, então você me protege ok? – falou Felipe com um olhar safado - então vamos?

Tentei me levantar mas não conseguia meu corpo todo doía, e quanto mais tentava mais aumentava a dor, até que tive que me dar por vencido e pedir ajuda:

- Felipe me ajuda? – perguntei baixinho.

- Hã? Ajudar no que? – perguntou Felipe, que obviamente sabia a resposta.

- Você sabe, a me levantar – falei emburrado.

- Só a levantar? Não quer que eu te carregue? – perguntou Felipe – se quiser vai ter que pedir direito.

- Me carrega Felipe? – perguntei meio contra minha vontade.

- Fala mais alto e acrescente a palavrinha mágica – ordenou Felipe que estava se divertindo com a situação.

- Me carrega Felipe, por favor? – perguntei gritando.

- Carrego sim meu fofo – respondeu Felipe  com uma voz fofa – mas como quer que eu te carregue no colo, ou nas costas?

- Nas costas – respondi irritado.

Não demorou muito e Felipe começou a me colocar nas costas, foi muito constrangedor, olhei para os lados procurando Rafael, mas não o encontrava.

- Se está procurando o Rafael ele já foi.

- Porque ele não nos esperou?

- E eu vou saber?! – respondeu Felipe com tom que dava pra perceber de longe que era ciúmes.

Ficamos caminhando um por tempo, ou melhor Felipe ficou caminhando. Em cerca de uma hora e meia já estávamos no aeroporto e Rafael nos esperando com uma cara meio irritada. Como se prevê-se o que Rafael iria dizer Felipe disse:

- Nem vem me chamar de lento, a culpa do atraso é do senhor mijão ai.

- Não tenho culpa se tenho vontade de mijar oras – defendi-me.

- Tanto faz, mas o aeroporto não iria aceitar essas desculpas e parar o avião por causa de vocês – falou Rafael fitando nos seriamente.

- Mas o avião já foi partiu? – perguntei.

- Não, mas eu tive de fazer todas as coisas sozinho, e ele logo partirá – respondeu Hiruko – não terão tempo de fazer nada a mais, se não perderemos o avião.

Ao ver no letreiro que o avião estava a para partir logo Felipe começou a corre feito um louco para o avião. Ele fez de propósito, pois eu teria de abraça-lo com força para não cair.
Na velocidade que ele corria chegamos rapidamente no avião. Chegando lá ele só me largou na poltrona e fingir se perder o equilíbrio e cai sentado no meu colo. Naquele momento meu rosto corou completamente.

- Não precisa ficar tanto tempo no meu colo né? Você já pode se levantar – falei bravo.

- Desculpa é que você não reclamou então pensei que estivesse curtindo – falou ele com uma voz meiga.

- Idiota, já disse que não quero nada com você – falei mais irritado ainda.

- Ok. Não precisa ficar bravo amor – falou ele – a desculpa você não quer que eu te chame de amor, esqueci.

- Deixa pra lá – falei.

- Mas pode me responder uma coisa? Por que você me ama? – perguntei.

- Cara é meio confuso, não sei muito bem explicar o porque eu te amo, só sei que te amo – falou Felipe com um imenso sorriso.

- Mas você não sabe, ou imagina o que viu em mim que gostasse? – perguntei novamente.

- Sei não Hiruko, talvez eu tenha visto você como um ser frágil e me apaixonei ou então você é minha alma gêmea e só precisa de uma mãozinha pra notar isso – falou Felipe com uma voz galante.

- Eu não acredito neste negócio de alma gêmea. Isto é pura babaquice cara. Acho difícil você nascer predestinado a amar uma certa pessoa. Não estou dizendo que eu não sonhe viver para sempre com uma pessoa. Talvez pessoas são tão atraídas sem explicação lógica por causa de atrações de vidas passadas, mas não quer dizer que é predestinação absoluta, nada é absoluto – expliquei.

- Ouun, meu gatinho além de lindo é inteligente – falou ele tentando pegar minhas bochechas para apertar.

- Não sou se gatinho. E eu já sei que sou inteligente, não preciso que digam isso a mim – gabei-me.

Sem assunto resolvo foliar o grimório que meu mestre tinha me dado, incrivelmente ele não estava sujo devido a luta. Não conseguia entender direito o que estava escrito, a letra era horrível, sem falar naqueles bichos bizonhos. Quando cansei de tentar decifrar o que estava escrito no maldito livro percebo que Rafael estava sentado ao meu lado e com a cabeça no meu colo dormindo e Felipe dormindo em meu ombro. Então resolvo me juntar a eles no sono.

Durou cerca de umas 10 horas a viagem, quando acordo dou de cara com Felipe me encarando com uma cara melancólica.

- Por que ta com essa cara? –perguntei confuso.

- Porque você deve estar afim do Rafael, talvez você o ame. Fica com ele vai – falou Felipe.

E saiu correndo tapando o rosto.“O que deu nesse cara” pensei.

- Acorda Rafael – falei chacoalhando Rafael.

- Eu estou acordado – respondeu ele.

- Então por que não saiu do meu colo de uma vez? – perguntei.

- Porque tava quentinho – falou Rafael se espreguiçando – uhaaaa!

- Com licença que eu vou atrás do Felipe, ele é meio louco mesmo – falei.

- Você gosta dele ou é impressão minha? – perguntou Rafael seriamente.

- Não né? Meu coração ainda não tem dono – falei meio envergonhado.

- Dono? Então você é gay mesmo? – perguntou Rafael.

- Não – falei um pouco bravo com a pergunta.

- Bissexual? Indeciso ou Assexuado? – perguntou Rafael.

- Nenhum, acho que talvez assexuado, já que não me importo muito com sexo.

- Então você pode acabar gostando de um homem né?- Perguntou Rafel -já que não quer dizer que vocês vão pra cama.

- Não sei Rafa, talvez quem sabe né? – respondi.

- Rafa? Há Há Há. Agora ta me colocando apelidos é? – perguntou Rafael entre risadas.

- Então te chamarei de Hiru. Que tal? – perguntou Rafael.
- Pode ser, agora tenho de ir atrás do Felipe. Já volto – falei já alguns metros longe de Rafael.

Só escutei um ok meio desanimado de Rafael, não sei se ele ficou chateado por eu ter deixado ele para fazer tudo sozinho.

Fui em tudo que era lugar no aeroporto, no banheiro, nas outras áreas de embarque, livrarias e etc, mas não encontrei ele em lugar nenhum. Resolvi então sair do aeroporto as pressas, pois pelo tempo que eu demorei procurando ele dentro ele já devia estar longe.

- Onde será que ele está? – me perguntei.

- Droga, se ele fizer alguma merda eu vou ser culpado – falei.

“Se eu fosse ele para onde eu iria?” pensava “mas droga eu não sei como ele pensa”.

- Espera ele é xamã né? Ou um necromante? – perguntei a mim mesmo – droga por que não perguntei isso ao Rafael antes?

Não demorou muito e começa a chover. “Droga, vou me molhar todo para ajudar este otário que tentou me matar” pensei.

- Antes o Felipe estava em um pântano, mas acho difícil em Porto Alegre, ter  um pântano, talvez ele esteja em um a floresta.

Então comecei a perguntar a todo mundo onde tinha uma floresta, mas quase ninguém respondeu.

- Ola senhor – disse uma voz infantil.

Era uma garotinha loira, com lindos olhos azuis e segurava um guarda chuva vermelho cheio de bichinos, sua roupa era muito colorida com alguns demônios infantis rosa.

- Ola garotinha o que faz na chuva? – perguntei.

- Brincando – respondeu rapidamente.

- O Senhor está procurando uma floresta por que?

- Acredito que um amigo está  em uma – respondi.

- A bom, acho que tem um floresta pra lá – falou ela – mas como ele é pode ser  que eu o vi e ele foi para outro lugar.

- É mesmo... Você não viu um cara do meu tamanh...

- Ele usa óculos de Snowboard, roupas listradas, all star e é ruivo? – perguntou ela me interrompendo.

- Sim. Você o viu? – perguntei.

- Seu nome é Hiruko? – perguntou ela novamente.

- Sim – respondi – como sabe meu nome, ele falou?

- Vocês são namorados? – perguntou ela arregalando seus olhos azuis.

- N-nã-não de onde tirou isso? – perguntei – já sei ele deve ter falado isso.

- Ele tava gritando seu nome feito um louco, mas não disse que são namorados. Eu apenas percebi que ele ama você. Eu sinto essas coisas - falou ela.

- Ok. Mas me diga onde ele está por favor – pedi.

- Ele não está na floresta. Ele está numa praça – falou ela.

- Obrigado agora tenho de ir – avisei – e saia desta chuva garotinha.

 Ela apenas sorriu e acenou com a cabeça afirmando que sim.

- A praça é pra lá – gritou ela apontando para o lado oposto de onde eu estava.

- Valeu. Tchau – despedi-me envergonhado.

E lá estava ele deitado no chão, se contorcendo, chorando e soluçando em meio aquela chuva.

- Ei Felipe sai desta chuva cara, assim você pode pegar uma doença séria, tipo pneumonia – avisei.

- E daí? Como se você se importasse comigo – choramingou Felipe.

- Me importo sim – falei.

- Então namora comigo? – pediu ele.

- Não cara – respondi.

- Então não se importa comigo.

- Eu me importo com você, mas não te amo cara. Podemos ser amigo, nada mais.

- Você gosta do Rafael né? – perguntou ele.
- Não eu não gosto dele – respondi – por que essa pergunta?

- Parece. O jeito que você olha pra ele e ele te olha.

- Fala sério cara eu olho o Rafael daquele jeito porque ele é meio estranho, acho que ele é bipolar ou alguma coisa assim.

- O jeito que você olha para ele se parece muito com o jeito que eu te olho – falou Felipe se erguendo e ficando sentado.

Ele ficou me fitando de um jeito com aqueles olhos castanhos que brilhavam, não pude deixar de notar o quanto ele era bonito sem aqueles óculos, e o contraste de sua pele e seu cabelo molhado pela chuva.

- Você até que é bem gatinho hein? – falei tentando quebrar o silêncio.

 Ele só sorriu colocando a mão no meu rosto.

- Você é mais ainda. Eu te amo – falou.

Ele começou a se aproximar de mime me beijou, desta vez eu não consegui ficar sendo só beijado e comecei a beijar ele afinal eu queria saber o que eu realmente era já que meu corpo parecia implorar aquele beijo. Nessa hora ele parou e se afastou.

- Você me beijou? – Perguntou ele surpreso – então me ama?

- Não, acho que não te amo, mas eu só queria saber se eu gostaria mesmo de beijar alguém do mesmo sexo – respondi desviando o olhar para baixo.

- E então? Gostou? – E me perguntou ansioso com um largo sorriso.

- Não sei - respondi – a chuva já parou, eu vou indo, tenho de tentar encontrar o Rafael.

De repente vejo a garota loira na minha frente novamente, desta vez ela estava com uma roupa preta e um olhar meio gótico.

- Senhor Hiruko – gritou ela.

- Hã?! Ola, que você esta fazendo aqui? – perguntei.

- Um senhor de cabelos brancos, mas jovem deu este bilhete e disse para entregar para o senhor – falou ela me entregando o bilhete.

“Agora que já encontrou seu ‘namoradinho’ vá para a floresta, o encontro será lá. E traga o seu namorado. Até”.

“Namoradinho aff, isso até parece ciúmes” pensei rindo.
- Felipe vamos, o tal encontro será na floresta –gritei.
- Vamos assim molhados? – perguntou Felipe.

- Claro as malas estão com o Rafael – respondi.

“Coitado ele deve estar furioso teve de carregar tudo sozinho”. Me senti muito culpado e chateado pensando nisso.

Enquanto estávamos caminhando não falamos nada, mas dava pra ver até pelas costas de Felipe sua felicidade de tão grande e irradiante que estava seu sorriso.

Era bonita a floresta, com lindas arvores verdes e raízes e troncos grossos. Era um pouco densa. Não demorou muito e avistamos Rafael sentado em uma pedra ao lado um altar Satânico com velas negras, taças de prata, um pentagrama invertido, uma estatua de um gato e uma bola de cristal negra deveria ser de obsidiana.

- O que vamos fazer Rafael?  Não teria mais pessoas aqui? – perguntei.

- Não disse que haveria alguém aqui – respondeu ele.

- Ta, mas não haveria uma reunião? – perguntei novamente.

- Sim, mas não aqui. – respondeu ele.

- Então por que estamos aqui? Você estava fazendo um ritual? – perguntei.

- Eu não fiz nenhum ritual ainda, estava preparando a cerimônia, para o ritual que iremos fazer – respondeu Rafael.

- Iremos nos projetar astralmente Hiruko – falou Felipe – acredito que o plano deve ser bem macabro, por isso toda essa parafernália.

- Ah, o encontro será em outro plano – conclui.

- Legal e quando começamos? – perguntei empolgado.

- Agora – respondeu Rafael – é só se sentar ai.

- Temos de levar alguma coisa?  Vamos para que plano? – perguntei.

- Se você quiser, não sei o que vamos fazer lá. Então é bom levar alguma coisa para – explicou Rafael.

“O que vou levar?” Me perguntei.

- Leva essa espada de Baphomet – sugeriu Rafael.
- Nossa que linda – falei maravilhado.

- Quer? – perguntou Rafael

- Sim – respondi.

- Então é sua – falou Rafael sorrindo.

Dava para ver a cara de ciúmes de Felipe bem “discreta”.

- Hiruko eu não tenho nada para te dar agora, mas depois eu te dou um e prometo que vai amar – falou Felipe confiante

- Ta bom – falei vermelho.

- Agora calem-se. Preciso me concentrar – falou Rafael rispidamente – xamã faça sua parte.

Felipe de mau humor começou a queimar algumas ervas no caldeirão, devia ser para ajudar a alterar o estado de consciência. O cheiro era muito forte em questão de minutos já sentia a alteração do meu estado de consciência.

Não sabia se estava novamente no inferno ou que lugar seria aquele, tinha um castelo sombrio em cima de uma mini montanha com uma imensa escadaria.

- Vamos subir – ordenou Rafael.

- Já ta mandando é? – perguntou Felipe zombando.

“Felipe esta com tantos ciúmes que parece estar provocando Rafael na esperança de que ele acabe cedendo a provocação e os dois briguem.” pensava.

- Chegaram uhuu – falou uma garota de cabelos rosa – prazer Rafaela.

Rafaela tinha um cabelo rosa bem longo, e usava uma roupa de colegial azul, vermelha e branca e tinha uns lindos olhos cor de rosa metálico. “Ela me lembra o Rafael e não é só pelo nome  o que eles tem em comum” pensava.

(continua)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Goetia Satanica


Goetia, acredito que a maioria deve conhecer este sistema não é? Este sistema Goetia é um RHP pintado de LHP, sério é bem óbvio isso, sem falar nos outros quatro livros que compõem o Legemeton, acredito que foi mais porque o livro foi atribuído a Salomão, aquele cara que cortava tudo ao meio, só por isso que eu me lembro dele, se é que é ele.

Foco...Voltando a Goetia.

Com a Goetia você tem uma lista de 72 demonios para evocar, cada um com uma função, cargo, horário, um monte de correspondências como qualquer outra potencia.

Tendo explicado brevemente (coloca breve), passemos a Goetia Satânica. Só encontrei em um lugar, no blog da Ally, bom pelo menos só achei nos sites e blogs brasileiros. Como da para perceber os demônios da Geotia, pelo menos alguns tem nomes derivados de deuses antigos. Então não deveríamos ameaçar os demônios até porque estamos pedindo a ajuda deles até porque segundo o que a Ally escreveu eles são Deuses que foram punidos por Deus por tentar ajudar os humanos.

Minha Goetia Satanica é um tanto diferente, não seria idolatria, porque se tornaria Demolatria. Concordo com a Ally que os demônio goetios  tem de ser tratados com educação, ameaçar demônios deste nível pode ser perigoso ainda mais se você for fraco ou idiota. Mas não creio que os demônios Goetios sejam deuses antigos, mesmo que tenham relações, e o sistema que Ally apresenta, aparenta mais ser invocação do que evocação, já que você pede para o demônio vir, não há círculos, nem triângulos. E eu gosto dos triângulos e a baqueta.


Como estou criando um sistema baseado em demonologia, vou colocar como foi minha evocação com Forneus e Amon pelo meu protótipo de sistema.

Matérias:

 - Espelho Negro.

 - Velas azuis (não encontrei negras).

- O selo dos demônios.

- O triangulo com os nomes de 3 Príncipes infernais, Leviathan, Satan e Lúcifer.

- Blocos de mármore negro (encrementar o visual)

- Incenso do meu gosto.


Método:

Eu coloquei o Espelho Negro em cima do triangulo, acendi as velas coloquei afastadas, mas que pudessem iluminar, coloquei incenso para queimar. Não fiz círculo porque eu cério em mim mesmo.
Com a área ritual pronta iniciei a invocação de Leviathan, Satan e Lúcifer, pedindo-lhes para que trazer Forneus (e Amon), não vou colocar a oração, porque se você quiser fazer faça com seu espírito, use suas emoções, inflame seus coração.

E depois comecei a realizar uma oração para Forneus (e Amon). Na evocação do Forneus não vi nada, mas meu Chackra Anja ficou doendo por três dias.


 Obs:Fiz noite, em um lugar escuro, onde a só havia duas fontes de luz a Lua e as velas.


E desde o dia da Evocação de Forneus, eu sinto meu Ajna doer e sei que é ele, é como uma presença que me protege, muitos me disseram que ele era perigoso e tal. Mas ele não apareceu, mas eu cheguei a sentir que ele estava comigo quando eu ia dormir, ele geralmente vem quando eu estou triste e por incrível que pareça some a tristeza e solidão.

Eu relatei isso porque fazia parte do meu acordo com Forneus e Amon(este não sei se me ajudou), mas eu estou muito feliz .XD

Eu estou aperfeiçoando o sistema, então quando ele estiver pronto mostrarei
Obrigado por lerem.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Gareth's Death Caotic Parte 3 ( O Teste fim)


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Ao ouvir a aquelas palavras, tentei fugir mas não conseguia ir rápido, pois além do corte no estômago eu acho que tinha quebrado o pé quando cai. Até que quando me dei conta Felipe estava nas minhas costas e desferiu mais um golpe, atingindo as minhas costas. Quando tente andar para frente ele me derruba chutando minha perna, fazendo com que eu caia.

- Este é o grande Hiruko?- perguntou ele se rindo -pelo visto você é só mais um mago teórico, nunca teve a prática e agora que se vê em risco não sabe o que fazer, aposto que desejaria saber qualquer feitiço para conseguir escapar ao invés de todo seu conhecimento inútil.

- É isso o que me torna melhor que você eu aprendi na prática, você não passa de lixo - prossegui Felipe rindo.

- Rafael me ajude - gritei entre choros e soluços enquanto me arrastava pelo chão.

- Não, este não é o sentido do teste - falou ele indiferente - use o que tem para derrotá-lo.

- Eu não tenho nada - gritei indignado.   

- Nada mesmo?- perguntou ele enquanto descia de uma árvore.

 - Só tenho este corpo idiota e inútil desfalecendo – falei irritado comigo mesmo.

- Seu corpo não é inútil, você pode fazer coisas maravilhosas com ele – falou Rafael.

- Ahhhhhhhhhh – gritei ao ser acertado novamente, mas nas pernas.

Aquela dor era insuportável, sentia cada sangue de meu corpo saindo fora de meu corpo, não conseguia me mover com muita velocidade. Resolvi expulsar Ranisra enquanto dava tempo.Não queria que ele morresse, não éramos amigos, mas eu gostava dele, queria que ele vivesse não haveria sentido dois morrerem por nada. Então comecei a pronunciar o nome dele ao contrário usando meu alfabeto. E Ele se foi.

Agora teria que enfrentar três sozinho, talvez se eu matasse Felipe os outros sumiriam. Só precisava de uma arma e a única coisa que vi foi meu uma pedra que tentei atirar contra Felipe, que foi em vão, já que meu braço estava fraco. Felipe parecia se divertir com a minha situação deplorável, se rindo todo. Sem saída resolvi me atirar em um outro barranco.

Não encontrei nada lá, só me ferrei mais, me ferindo nas pedras que haviam ali. Pelo menos consegui um tempo para estancar o sangue, amarando pedaços da minha roupa, porque se fosse para morrer não seria por falta de sangue.

“Droga eu vou morrer, porque eu quis fazer essa droga de teste? Mas que merda.” Ficava pensando isso sem parar, “precisa ter uma solução” “preciso”..

- Yuhuuuu!! Cadê meu pequeno Neko?! Hiruko apareçaaa – falava Felipe com uma voz calma  até demais chegando a parecer fofa.

“Esse cara é louco eu não vou morrer nas mãos deste sádico, de JEITO NENHUM”. Pensava eu desesperado e irritado.

- Ele não vai me matar - sussurei.

Notei que meu punhal Draconiano ainda estava comigo, neste momento meu sorriso foi de uma orelha a orelha. Fiquei tão feliz que acabei gritando, estava torcendo para ele não ouvir, mas não podia só torcer teria que fazer algo para me proteger.

Resolvi tirar a camisa e traçar a arvore da morte no meu peito com meu sangue, planejei trazer algo para meu corpo, talvez eu conseguisse mais força. Começo a pegar no meu próprio falo. Para entrar em gnosis rápido.

- Ora ora, resolveu aparecer hein? Pronto para morrer e ser possuído? – perguntava Felipe se rindo e lambendo os dentes.

- Você ainda me acha nojento há há  há há – riu Felipe escandalosamente ao ver um liquido viscoso no punhal que parecia esperma.

- Tava pensando em mim é? Ou na nossa noite que vamos ter?- Perguntou ele que parecia se deliciar com aquela situação.

Eu não dizia nada apenas olhava ele de frente. E comecei a pronunciar palavras que eu não imaginava falar:

 O dia mais negro
Seria ainda mais obscura
Sem a estrela brilhante do sol.
O dia mais frio
Seria ainda mais frio.
Obrigado pelos dons da Sigel, Carruagem de Fogo,
E como em noite de tempestade
O trovão rompe o silêncio e as trevas,
o poder do homem justo
Pode dar conforto aos oprimidos
E apontam para viajantes perdidos
Um porto seguro
 -Eu tenho o poder de Sowelu não me derrotarás – falei confiante

- Ainda irei te matar seu verme, não acha só porque falou um poema bonito que vai conquistar
meu coração  HÁ HÁ HÁ – gritava Felipe escandalosamente.
- Ranisra venha a mim, sou teu mestre venha e habite meu corpo – falei trazendo Ranisra para meu corpo.
O liquido no meu punhal começava a se enegrecer, não me lembro perfeitamente do que fiz, lembro-me que comecei a sentir ódio, raiva.
Comecei a correr todo errado, pois ainda sentia, até que não resisto e tombo no chão. “Não”, “ não posso morrer assim, não agora não tão fácil”. Comecei a chorar sem parar, estava praticamente sem força, não tinha força nem para falar.  Não conseguia fazer nada, nem fechar meus olhos, “então era assim meu fim? Eu iria ver minha morte? Ou este Sádico iria tentar algo me possuir antes?”
- Quase tive medo de você, pensei que fosse me matar quando veio em minha direção, mas me decepcionei, queria mais desafio, mas pensando bem até que foi divertido – falou Felipe.
- Acho que vou te possuir ainda vivo, você será só meu, só meu..- falou com Felipe com uma voz mansa demais – você não vai precisar desse punhal certo? Alguém pode se ferir com ele.
- Meu neko, eu te amo – Felipe começou me beijar virando me de barriga para cima com seu braço direito em meu ombro – eu quero você todo para mim.
- P-po-por f-favor não – murmurava em seu ouvido enquanto ele beija meu pescoço.
- Eu não vou te machucar, não precisa chorar – disse Felipe tentando me acalmar e secando minhas lagrimas olhando nos meus olhos.

Ele começou a segurar meus braços acima da cabeça, como se eu pudesse fazer alguma coisa. Eu só conseguia chorar, tentando me mexer, mas já era inútil. Ele começou a beijar todo meu corpo, aquilo me deixava apavorado, queria sair dali.

Aquilo era estranho eu estava começando a me sentir bem, mas eu também estava odiando queria que ele parasse, tava com nojo de tudo aquilo. Não queria mais que ele me tocasse.

Olhei em volta para tentar avistar alguém, mas nada, quando olho para cima enxergo Rafael sentado em uma pedra tocando seu maldito violino, parecia que tocava uma musica melancólica, parecida com Sad Romance. Comecei a alterar meu estado de consciência “o que Rafael queria fazer? Ele queria me livrar da dor de ver aquilo tudo? Por que ele não me ajudava? Será que ele estava gostando daquilo?”. Estava confuso demais não sabia o que pensar só chorava. Quando não me vejo mais lá, estou em um lugar sombrio, ainda mais sombrio que aquele pântano que eu estava. Apesar do local ter um clima melancólico eu não me sentia triste, me sentia em paz, quando um Demônio atrás de mim.
- O que fazes aqui humano? Porque nao estás em teu mundo mortal? – falou o demônio com uma voz que mais parecia um trovão, mas calma.
- E-eu não sei. Que lugar é este?- falei meio baixo.
- Viestes para cá sem saber que lugar é? – perguntou o Demônio novamente, mas com um tom de curiosidade.


Antes que eu pudesse responder ele disse:
- Aqui é o Inferno. Garoto, não deverias estar aqui, volte para teu mundo antes que se machuque aqui – avisou-me o Demônio.
- Voltar para ver aquilo...- murmurei desviando o olhar.
- Porque não desejas voltar para teu mundo mago, tens medo da vida? Tens medo de encarar a realidade? – perguntou o demônio como se debochasse de mim..
- Tenho e qual o problema em fugir das coisas que nos ferem? – perguntei.
- Nenhum, é bom fugirmos as vezes dos problemas, termos um lugar para estarmos sozinhos, mas um dia teremos que voltar, não poderás viver a vida toda aqui. Podes pensar que passou todo o tempo necessário para o problema sumir, mas no seu mundo não ter passado um segundo sequer, ou passado anos e anos e você perder a melhor parte da sua vida – explicou o demônio.
- Problemas existem, para todos, humanos não são os únicos que tem problemas, mas todos os seres tentam superar estes problemas.  A vida não é só dor e sofrimento, ha outros sentimentos e prazeres maravilhosos na vida, não permita que a dor vença está batalha você possui outros sentimentos para batalhar contra a dor e sofrimento – falou o demônio astutamente.
- Demônios não são maus? Por que está me ajudando? – perguntei mais confuso e achando que ele queria me persuadir – o que você quer de mim?
- Nada. Demônios não são maus, assim como anjos não são bons, pois bem e mal, certo e errado não são fixos, depende do ponto de vista. Os humanos julgam os seres pelo seu ponto de vista, um animal que devora um filho deficiente, ou os filhotes que devoram a mãe para se alimentar no primeiro dia de vida, esse animais parecem maus aos olhos dos humanos, mas aos olhos deles eles estão fazendo o certo – respondeu o demônio.
- Mesmo assim não quero voltar.
O Sol  escureceu-se
Já não brilha mais.
Sowelu transformou-se em Skoll e devorou-se
Não posso me aproximar jamais.
Lá só irei me ferir.
- Não espere que o Sol brilhe para você, todo ser tem a capacidade de brilhar. Se o Sol escureceu ou sumiu, permita que o Sol majestoso dentro de você se libertar, para poder brilhar novamente e abrir um sorriso em teu rosto. Somente um novo Sol pode substituir o velho – falou astutamente o demônio.
- Agora vá Hiruko, não precisa se preocupar com o poder se é mais forte ou mais fraco, o que importa é você acreditar em você mesmo, somente você conseguirá ver seu real poder, pois como deseja controlar o que está fora sem controlar a si mesmo? Só quando entender-se você poderá superar todos obstáculos – prosseguiu o demônio.
- Mas...
- Vá agora Hiruko, não há necessidades de você ficar aqui – falou o demônio interrompendo-me.
No mesmo instante que eu o demônio tocou em meu ombro, me senti sendo puxado por um redemoinho muito intenso. “Como ele sabia meu nome?”, “afinal quem era ele?”, essas perguntas ficaram em minha mente, até eu sentir voltando para meu corpo. No momento que comecei a respirar, abri meus olhos e vi Felipe ainda beijando meu corpo. Agora ele estava seminu, e eu já estava sem minha calça, ele não segurava mais meus braços, talvez por eu ter entrado em transe e não parecia me mover.
Não demorou muito e ele começou a subir até meu peito e depois desceu até minha cueca, e começou abaixá-la e... Em uma velocidade incrível consegui empurrar a cabeça dele, e sair dali. Devo ter ficado uns dois metros longe dele.
- O que houve neko não estava gostando? – perguntou Felipe sorrindo.
- E-eu não gosto dessas coisas – respondi.
- Não foi o que pareceu com seus gemidos, delirantes, parecia que você estava amando o que eu tava fazendo com você – falou Felipe engatinhando em minha direção com um sorriso malicioso – vem vamos continuar a nossa brincadeira.
- Não eu não quero, por favor se afaste – falei entrando em desespero.
- Calma dessa vez eu não vou te matar, contanto que você seja meu pra sempre. Caso contrário eu irei te matar – falou ele em tom sério.
Eu não conseguia caminhar direito, apenas me afastava de frente para ele e bem devagar, ele apenas estava se divertindo, pois sabia que eu não conseguiria fugir dele. Ele se aproximava mais rápido que eu conseguia fugir dele. Ficamos nisso até eu tropeçar em uma raiz “merda” foi a única coisa que pensei.
- Caiu? Meu neko se machucou? – falou como se estivesse com pena.
- Vai se ferrar. E não sou porra nenhuma de neko – gritei.
- Não faz assim meu neko, você é meu só meu – falou Felipe com uma voz mansa.
- Eu te amo – falou Felipe.
Mau Felipe falou aquilo e começou a me beijar, novamente não consegui me mover. Eu não sabia explicar o porque, não queria aquilo, mas não conseguia me mover, é como se meu corpo me traísse, me dava raiva ódio de mim mesmo.
Queria para aquilo, então novamente me senti em transe, mas eu ainda estava ali, mas estava dominado pela raiva, ódio, nojo, tristeza. Foi nesta hora que eu tirei força não sei da onde para pagar um galho e atingir. A cabeça dele que caiu no meu lado,me ergui e fiquei sobre ele  enchendo o de socos no rosto enquanto segurava os dois braços dele, como ele estava me segurando antes.
Ele conseguiu se soltar e acertar um soco que me derrubou no chão, onde eu estava antes. Então eu chutei a perna dele derrubando-o novamente, e fui em direção a ele, com um galho em mão e o acerto com o galho.
Felipe começa a cuspir sangue, quando fui desferir o ultimo golpe acabo olhando para o rosto ensangüentado e o vejo chorando. Não consegui ferir ele “eu não sou esse tipo de pessoa, não posso matar uma pessoa deste jeito” pensei, então cai de joelho próximo a cabeça dele.
- Por que você está chorando Felipe? – perguntei chorando.
- Porque eu te amo – falou ele chorando e soluçando – e agora você deve me odiar e está chorando de raiva.
- Eu não te odeio, nunca disse isso, e não estou chorando de raiva – falei tentando sorrir.
- Por que está chorando então – perguntou ele.
- Porque eu quase te matei – respondi.
- Então você me ama? Namora comigo? – Perguntou ele com uma voz romântica e fazendo cara de cão sem dono.
- Não, eu não te amo cara, e muito menos vou namorar com você - falei com a voz alterada - depois de tudo o que aconteceu,  eu to confuso demais.
- Então eu ainda tenho chance?- perguntei ele com a mesma cara de antes.
- Não né? Você nem faz o meu tipo – falei e comecei a rir.
Ficamos rindo por muito tempo, até que resolvo perguntar:
- E o teste? Eu não tinha que derrotá-lo?
- Você já me derrotou, quando conquistou meu coração.
- Não sou tão fácil assim.
Começamos a rir descontroladamente de novo. Parei somente quando vi a expressão séria de Rafael segunrando seu violino e com Ranisra em seus braços.

(Continua)